Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei. (Isaías, 65.24)
O milagre da multiplicação dos pães é o único repetido nos 4 evangelhos. A multidão que acompanhava Jesus havia andado uns 7 quilometros, tinha vindo de Betsaida e regiões circunvizinhas. O povo fascinado com os prodígios e milagres que estavam acontecendo não tiveram tempo de comer nada, nem queriam perder nenhuma palavra daquele pregador tão diferente que tinha vindo de uma pequena cidade chamada Nazaré, a menor e mais discriminado lugarejo da Judeia.
Jesus, primeiro querendo testar a fé de seus discípulos, perguntou: onde nós vamos comprar comida pra tanta gente? Ah, André e Felipe foram bem práticos e diretos, não temos nem dinheiro e onde vamos achar um lugar para comprar? Mas Jesus com essa pergunta vai muito além da preocupação com a fome de uma multidão, concretiza a promessa do seu Pai feita ao profeta Isaías, antes de clamarem, eu responderei.
sábado, 25 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Ontem cambistas, hoje vendedores
"Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e lhes disse: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração'; mas vocês estão fazendo dela um 'covil de ladrões'". Os cegos e os mancos aproximaram-se dele no templo, e ele os curou. Mas, quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: "Hosana ao Filho de Davi", ficaram indignados, e lhe perguntaram: "Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?" Respondeu Jesus: "Sim, vocês nunca leram: " 'Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor'"? E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde passou a noite." (Mateus 21.12-17)
Doze tribos e um povo
o povo judeu lavou os pés do Salvador;
mas não honrou o mestre com os lábios
na noite em que o galo cantou
foi traído três vezes
e vendido por trinta dinheiros
no templo trocavam perdão
como a moeda do dia
vendiam as lágrimas das viúvas
e compravam bois e ovelhas
destroçando pombas brancas
à vista dos sacerdotes e escribas
hoje quando olho novamente
vejo que quase nada mudou daquele tempo
perdoa-lhe, ò Pai, eles continuam
não sabendo o que fazem
abrem casas de oração
constroem templos e catedrais
fazem comércio
e vendem prodígios e milagres
à cotação da bolsa de valores
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Não há salvação fora de Cristo
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3.16)
O profeta Isaías (Is. 9.6), 700 anos antes da vinda de Cristo, dizia: "um menino nos nasceu, um filho foi nos dado", o Evangelho é a realização dessa boa notícia da graça e da bondade de Deus em Jesus Cristo. Nós, cristãos, temos que colocar Jesus Cristo como o centro da nossa vida, da nossa filosofia, da nossa fé e das nossas emoções. O discípulo João no seu Livro do Apocalipse (Ap. 9.6), fala que quando o quinto anjo tocou sua trombeta, uma fumaça escureceu o Sol e céu. A fumação foi tão forte, que provocou um grande eclipse do Sol. Essa fumaça representa as filosofias e as teorias humanas, desde Aristóteles, até os dias de hoje, inunda o mundo de doutrinas mentirosas e ilusórias, tentando desqualificar o gesto mais importante de toda cristandade, que é o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, "que foi por amor, só por amor", deixou-se ser pregado no madeiro. As marcas dos cravos nos punhos apagaram os pecados da humanidade, e de cada um de nós, que compreende e aceita a salvação plena.
A cruz é a morte da morte. A morte de Cristo é a morte do pecado. A ressurreição de Cristo é a vida plena, ou seja, sem pecado, sem mácula e sem morte definitiva. Esse jogo de palavras faz-me lembrar o Livro de Êxodo (Ex. 3.8): "Por isso desci para livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde há leite e mel com fartura: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus." Isso é Deus falando a Moisés naquele cenário maravilhoso, imagino eu, a sarça ardente queimando sem se consumir. Cristo teve que descer no inferno para que nós pudessémos subir aos céus.
Mas o apóstolo Paulo é muito mais claro e contundente, na segunda carta aos corintianos quando ele escreveu assim: (2 Co. 5.21) "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus."
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Até recuar o tempo é milagre
(Isaías, 38.8)
A bíblia está repleta de fatos extraordinários que Deus fez para o seu povo escolhido. Sinais e prodígios são as marcas que estão em quase todas as página desse livro sagrado.
Convenceu um homem rico, poderoso, arrogante e, sua mulher idosa e estéril, a deixar a sua terra e se aventurarem pelo deserto incerto e insípido.
Levantou um homem gago, em crise de identidade e violento para liderar um povo sofrido, desunido, descrente e escravizado por mais de 400 anos, a lutar pela própria liberdade para realmente formar uma nação.Deus fez de Moisés, guerreiro egípcio um protetor de hebreus, que também repassou todos os ensinamentos e mandamentos do Senhor e consolidou o monoteísmo, incomum em uma época de adoração a diversos deuses. Abrindo-lhe o mar, tirando água das pedras e cordonizes das areias do deserto.
Deu também forças a um homem simples, pastor de ovelhas estrategias para derrubar um gigante. Deus fez isso e muito mais.
Mas, sinal maravilhoso fez a um rei, para prolongar por quinze anos a sua vida, quando estava acometido de uma enfermidade mortal. Mandou Isaías, filho de Amoz, o profeta, dizer ao rei Ezequias ponha em ordem sua casa, porque a morte estava batendo à sua porta. Esse rei era temente e sempre obediente virou o rosto para a parede e orou ao Senhor. (is. 38,2) Daí, esse costume atravessou o tempo, gerações e gerações e, mais gerações, até os dias hoje, os judeus oram com o rosto voltado para o muro "das lamentações", tornando uma religiosidade e uma grande atração turística na Terra Santa.
"Farei a sombra do sol retroceder os dez degraus que ela já cobriu na escadaria de Acaz. E a luz do sol retrocedeu os dez degraus que tinha avançado." (Is. 38,8)
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Uma missiva universal
A carta do apóstolo Tiago é um compêndio para todos aqueles que querem ter uma vida baseada nos ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo.
É pequena, mas de extrema importância para os cristãos de hoje, porque trata do que precisamos: conduta ilibada, bom uso das palavras, honestidade no trato e integridade de caráter. Devemos estudar a carta de Tiago analisando o que deve ser mudado em nós.
Mas, afinal, quem é esse Tiago autor da carta, o nome Tiago era muito comum entre os judeus. Pelo menos cinco homem no Novo Testamento são chamados pelo nome Tiago.
Em Lc 6.16, tem o primeiro Tiago, pai de um dos doze discípulos de Jesus, chamado Judas, não o Iscariotes. E ainda esclarece que eram dois Judas, e mostra que um deles era filho de um homem chamado Tiago.
Em Lc 6.15, o segundo Tiago é um dos discípulos de Jesus, filho de um homem chamado Alfeu: "Tiago, filho de Alfeu".
Em Mc 15.40, encontramos o terceiro Tiago, apelidado de "Tiago, o menor", ou o mais moço.
Em Mt 10.2, encontramos o quarto Tiago era o irmão de João e filho de Zebedeu.
Em Gl 1.19, temos o quinto Tiago, que o apóstolo Paulo chamou de "irmão do Senhor", o texto literal é: “E não falei com nenhum outro apóstolo, a não ser com Tiago, irmão do Senhor”.
Muitos estudiosos afirmam que é o segundo: "Tiago, filho de Alfeu" o autor da carta.
A carta é tão dirigida, que ele começa com a saudação, dizendo: "Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde." (Tg 1.1) Mas, o seu conteúdo é para todos, judeus e não-judeus, que querem ter uma vida baseada nos ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo.
E, depois, fala da maneira eficaz como testar a nossa fé. Fé que produz perseverança quando vêm as provas e as várias tentações, pelas quais, todos nós estamos sujeitos, mas, também, quem peservera no caminho perfeito, pois, a perfeição leva à fé. E se, alguma coisa, nos falta no dia a dia, é só pedir a Deus, que Ele dá a todos, as suas mãos estão sempre abertas e nunca lança fora nenhum de seus filhos, o seu amor é incondicional. Peça-a, porém, com fé, não duvidando, porque quem duvida é semelhante à onda do mar, que é levada ao bel-prazer dos ventos.
É pequena, mas de extrema importância para os cristãos de hoje, porque trata do que precisamos: conduta ilibada, bom uso das palavras, honestidade no trato e integridade de caráter. Devemos estudar a carta de Tiago analisando o que deve ser mudado em nós.
Mas, afinal, quem é esse Tiago autor da carta, o nome Tiago era muito comum entre os judeus. Pelo menos cinco homem no Novo Testamento são chamados pelo nome Tiago.
Em Lc 6.16, tem o primeiro Tiago, pai de um dos doze discípulos de Jesus, chamado Judas, não o Iscariotes. E ainda esclarece que eram dois Judas, e mostra que um deles era filho de um homem chamado Tiago.
Em Lc 6.15, o segundo Tiago é um dos discípulos de Jesus, filho de um homem chamado Alfeu: "Tiago, filho de Alfeu".
Em Mc 15.40, encontramos o terceiro Tiago, apelidado de "Tiago, o menor", ou o mais moço.
Em Mt 10.2, encontramos o quarto Tiago era o irmão de João e filho de Zebedeu.
Em Gl 1.19, temos o quinto Tiago, que o apóstolo Paulo chamou de "irmão do Senhor", o texto literal é: “E não falei com nenhum outro apóstolo, a não ser com Tiago, irmão do Senhor”.
Muitos estudiosos afirmam que é o segundo: "Tiago, filho de Alfeu" o autor da carta.
A carta é tão dirigida, que ele começa com a saudação, dizendo: "Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde." (Tg 1.1) Mas, o seu conteúdo é para todos, judeus e não-judeus, que querem ter uma vida baseada nos ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo.
E, depois, fala da maneira eficaz como testar a nossa fé. Fé que produz perseverança quando vêm as provas e as várias tentações, pelas quais, todos nós estamos sujeitos, mas, também, quem peservera no caminho perfeito, pois, a perfeição leva à fé. E se, alguma coisa, nos falta no dia a dia, é só pedir a Deus, que Ele dá a todos, as suas mãos estão sempre abertas e nunca lança fora nenhum de seus filhos, o seu amor é incondicional. Peça-a, porém, com fé, não duvidando, porque quem duvida é semelhante à onda do mar, que é levada ao bel-prazer dos ventos.
domingo, 5 de maio de 2013
Salmo 134

terça-feira, 30 de abril de 2013
Envia-me a mim, não os outros
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e perdoado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim”. (Isaías, 6-1-8)
A palavra começa assim: no ano em que morreu o rei Uzias, em outras palavras, o profeta está dizendo com muita clareza, a sua visão foi tão extraordinária, que tem ano e tempo marcado, foi no ano em que um rei daqui da terra morreu. E ele não teve uma visão qualquer daqui da terra, mas lá do céu. Repito ele viu o Senhor dos Exércitos sentando em seu trono no céu. Revendo a bíblia muitos outros profetas tiveram um contato mais direto com Deus. Abrão recebeu dois viajantes em sua tenda, mensageiros de Deus para anunciar que a velha e estéril Sara iria dar a luz ao seu filho. E depois Deus mudou seu nome para Abraão, que quer dizer pais de muitos filhos. Moisés teve também um belo encontro com Deus no monte Horebe. A sarça ardendo sem se consumir é bonito. Mas ver Deus assentado em seu trono no céu, isso só o profeta Isaías teve e descreve em toda a bíblia sagrada.
A visão é tão real que ele descreve tudo com riqueza de detalhes. Vejamos: o trono era alto e sublime, não era um trono qualquer tipo púlpito de uma igreja, de uma catedral, de uma cidade mundial, ou, coisa parecida. Até a orla do manto sagrado cobria todo o templo celeste.
Não eram anjos nem arcanjos que estavam por cima de Deus, mas os serafins, a casta mais alta da angelologia. A palavra diz que não há nada acima de Deus, pois todas as criaturas sejam do céu, sejam da terra terão de dobrar os seus joelhos diante do Deus Criador, Provedor e Senhor dos Exércitos. Realmente os serafins estavam por cima de Deus, mas veja como eles são descritos: cada um tinha seis asas e não sete asas, pois sete para os judeus é sinal de perfeição, por isso, aqueles serafins não eram perfeitos, eram anjos quaisquer, estavam por cima de Deus sim, mas com duas asas cobriam o rosto para não ver Deus, face a face, pois, nem os seres celestiais podem vê-Lo, e com outras duas cobriam os pés, e cobriam os pés para não ficarem de pé (os pés para o povo hebreu representam dignidade, respeito, notoriedade e igualdade). O costume do povo era sempre lavar os pés de quem chegava a sua casa para mostrar respeito. Quando Jesus lava os pés dos apóstolos reafirma para os judeus que o respeito e servir uns aos outros começa pelos pés. Os anjos cobrindo os pés, também, quer dizer que eles não eram iguais a Deus. E com as duas últimas voavam para ficarem por cima de Deus em posição de adoração, e clamaram uns para os outros constantemente: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos toda a terra está cheia da Sua glória”.
O clamor era tão forte e uníssono que até os umbrais, mais conhecidos por nós, como os batentes da porta tremiam, balançavam e, quase movimentavam as portas, e depois, muito depois a casa se encheu de fumaça, a fumaça lembra o sacrifício dos animais para a purificação dos pecados. Onde Deus está não pode ter pecado, tem que ter fumaça, tem que ter purificação.
O profeta vendo tudo isso e, em êxtase, caiu em si, ou melhor, usando o vício de linguagem “caiu em si mesmo”, eu diria na gíria “caiu na real”, acordou de um lindo sonho sem estar dormindo, olhando ao redor, percebeu o quanto era impuro e vivia no meio de um povo muito mais impuro, distante de tudo quanto há de mais sagrado e cristalino. Um povo que só vivia na mentira, na mais completa cegueira de visão e de conhecimento de Deus.
Quando o profeta vê um dos serafins pegando com um tenaz (uma pinça, um pequeno instrumento de ferreiro, essa imagem de um fundidor tirando ferro gusa do forno incandescente é muito bonita), uma pequena brasa do altar para colocar nos seus lábios.
Para purificar, limpar e santificar o homem basta uma pequena brasa, Deus não precisa de um braseiro inteiro, nem lavar o corpo inteiro, como queria Pedro, quando Jesus lavou apenas seus pés. É preciso purificar os lábios para servir de verdade a Deus, é preciso retesar os músculos da língua para não falar o que não se deve dizer, é preciso calar os lábios para poder ouvir o que Deus tem para nos ensinar todos os dias da nossa vida.
É preciso estar sempre atento, para escutar a voz de Deus dizendo a quem devo enviar, a quem devo chamar para o ministério. O barulho do mundo está muito alto, ninguém está escutando mais nada que vem de Deus. O mundo está esquecido de Deus, como estava no tempo em que o profeta Isaías foi chamado, mas ele, somente ele, escutou e disse: “eis-me aqui, envia-me a mim”, olha bem o que o profeta diz: “envia-me a mim” e não aos outros, mas "a mim mesmo".
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