sexta-feira, 24 de abril de 2015

Um dia, Saulo, no outro, Paulo


Seu nome era Saulo da cidade de Tarso
dedicado perseguidor dos discípulos de Jesus
numa viagem entre Jerusalém e Damasco,
ficou envolto a uma grande luz e cego,
mas teve a visão recuperada, após três dias,
por homem medroso chamado Ananias
que, na mesma hora, também o batizou
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Agora, simplesmente Paulo,
“da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim,
hebreu de hebreus; quanto à lei",
dizia com maior facilidade, sou fariseu;
era assim que se apresentava ao povo judeu;
não tinha porte elegante nem altura,
mas, profundo conhecedor das escrituras
culto e instruído pessoalmente por Gamaliel,
doutor das leis e um rabino muito zeloso e fiel.

Era muito meigo e carinhoso;
às vezes, severo, não abria mão das suas ideias.

Tinha uma irmã e sobrinho em Jerusalém
e a mãe, com toda certeza, morava em Roma
Teve que lutar contra os falsos profetas
que anunciavam um Evangelho fácil,
que fugiam da humilhação e da tribulação
e ainda anunciavam um Jesus sem a cruz.
Paulo, não, anunciava o Jesus Crucificado,
ainda que isso fosse escândalo,
no entanto, ressurreto entre todos os mortos.

Tudo para ele era tão simples e elegante
como as suas próprias palavras:
“Combati o bom combate,
terminei a minha carreira,
e guardei a fé.”

Teve muitos amigos e colaboradores
Tito veio do mundo pagão,
Timóteo veio do mundo judeu.
Lucas, apenas Lucas, o médico amado,
faziam companhia ao apóstolo missionário
Apolo Zena , Aristarco, Marcos,
Justo, Epafras, Onésimo e Aquila,
só para mencionar alguns homens
mulheres, mulheres foram muitas.