sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dom não é ofício


Disse o Senhor a Moisés: Toma os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos animais dos filhos de Israel, PORQUANTO OS LEVITAS SERÃO MEUS. EU SOU O SENHOR.” (Nm 3.44-45)

 Levi foi o terceiro filho de Jacó e Lia, e sua tribo foi eleita por Deus para ocupar-se das questões do culto em Israel. Levi do hebraico lêwi ligado a raiz iãwâ significa juntar, ou, ainda hillaweh que significa unir. "De novo engravidou e, quando deu à luz mais um filho, disse: Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos". Por isso deu-lhe o nome de Levi." (Gn 29.34)

Moisés e Arão eram da tribo de Levi (Ex 2.1, 4.14, 6.16-27). A tribo de Levi foi separada por Deus das outras e designada com as responsabilidades de conduzir os sacrifícios (Arão e seus filhos – Nm 3:10) e de desmanchar, transportar e erigir o tabernáculo, durante o tempo da peregrinação (Nm 1.47-54).

Disse o Senhor a Moisés: “Faze chegar a tribo de Levi e põe-na diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam e cumpram seus deveres para com ele e com todo o povo, diante da tenda da congregação, ministrarão no tabernáculo. cuidarão de todos os utensílios da tenda da congregação e cumprirão o seu dever para com os filhos de Israel.” (Nm 3.5-8)

O serviço dos levitas começava quando atingiam a idade de 25 anos e continuava até os 50 anos (Nm 8.24-26) A obrigação dos levitas era carregar os três objetos da Arca da Aliança: as duas tábuas da lei, o pote de ouro com maná e o cajado de Arão. (Nm 17) Quando Davi estabeleceu um local permanente para a arca, a idade do serviço baixou para os 20 anos, pois não havia mais necessidade de levitas maduros como carregadores (1Cr 23.24).

Hoje os ministros de louvor e músicos evangélicos são chamados de "levitas". È bem recente, mas parece que já está se tornando tradição. No Novo Testamento não temos referência a ministros de louvor nem a instrumentistas na igreja.

Dom não é ofício, mas graça, que se recebe de graça. De uma forma bem clara, quando nos colocamos diante da igreja para servir com nossos dons, quando nos empreendemos na realização do culto ao Senhor, estamos sendo um levita que ajuda a um irmão que está na igreja, mas não está adorando ao Senhor, porque está muito necessitado, oprimido ou bloqueado pelo inimigo. Enquanto servimos ao Senhor cantando ou tocando, estamos elevando a Ele um culto, e Ele recebe por nós e por toda a igreja.

O louvor ao Senhor é uma grande batalha.

Quando louvamos estamos lutando contra nossa carne, para elevarmos a Deus um louvor em Espírito. Quando louvamos estamos lutando contra nossa alma, para não buscarmos apenas o que nos agrada, nos emociona, ou nos interessa. Precisamos buscar o que o Espírito Santo deseja que ofertemos ao Senhor. Quando louvamos estamos lutando contra satanás e seus demônios, que não querem que adoremos ao Senhor. Eles trabalham intensamente para que as vidas não sejam tocadas pela unção do Espírito Santo.

Portanto o louvor não é uma apresentação, um show. Não estamos realizando nosso hobby, não estamos exibindo nossas habilidades, não estamos fazendo o que gostamos e sabemos. No louvor, estamos em uma batalha espiritual intensa.

Esta batalha não se vence gritando muito ou declarando algumas frases de impacto. Esta batalha se vence com uma vida constante no Altar do Senhor.

A Arca da Aliança era o elo que unia as 12 tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava sua vontade aos seus servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4.6; 2Sm 6; 1Rs 8.11). Era o próprio trono de Deus.

A principal função dos levitas no Antigo Testamento era transportar a Arca da Aliança, o que foi desempenhada até ser levada definitivamente para Jerusalém (1Cr 16.1), ocasião, então, que a função foi transformada em ministério de serviço e de louvor (1Cr 23.25-32).

Que lição devemos tirar hoje sobre os levitas? Se antigamente para levar a Arca da Aliança era preciso ser escolhido (separado). Hoje para desempenhar essa função de modo incansável, permanente, sacrificial, corajoso e com muita alegria é preciso ser consagrado, despojado, servil, humilde e não pode ser nunca para o engrandecimento pessoal. Só talento não basta, é preciso também dom que vem do alto. Se vem do alto é gratuito, de graça recebe, de graça retribui.

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